Page 5 - O Elo - Setembro 2023
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Entrevista
                                                              Foto: Arquivo Pessoal




        Como tem sido a ação da fiscalização do trabalho
        nestes setores?  Quais as principais dificuldades
        encontradas?
           A fiscalização, desde 2022, em nosso Estado, foi dividida
        em três eixos: 1) Geração, Transmissão e Distribuição de
        Energia  Elétrica;  2)  Telecomunicações  e  3)  Iluminação
        Pública. Quanto ao Eixo 1, foram realizados diálogos
        mensais com empregadores durante 2022 e, em 2023,
        as fiscalizações em campo estão sendo realizadas. Desta
        forma, ficam alinhadas as exigências que serão feitas
        pela fiscalização com o que os empregadores devem
        minimamente prover em termos de segurança. Neste ano,
        2023, há reuniões mensais com as principais operadoras
        de Telecom no Estado, que constituem o Eixo 2, onde
        são abordados assuntos como perigo elétrico, trabalho
        em altura e outros, envolvendo os perigos associados
        às atividades do setor. Em 2024, haverá maior ênfase,
        então, na fiscalização das atividades de  Telecom, não
        significando que os outros eixos serão esquecidos, mas
        sim que o eixo de Telecom será prioritário e a fiscalização
        ali intensificada. Em 2024, ainda, o diálogo ocorrerá com
        o eixo de iluminação pública, que terá a fiscalização
        incrementada  em  2025. Basicamente, funciona  assim:
        num  ano  conversamos,  no  outro  cobramos  o  que  foi
        conversado. Não significa, em absoluto, que durante
        o  período  de  conversas,  as  empresas  não  estejam
        sendo fiscalizadas, mas sim, que no ano seguinte serão
        fiscalizadas de maneira mais intensa, isto é, maior número
        de empresas fiscalizadas e maior número de itens de
        segurança a serem observados.

        Quais as principais queixas dos trabalhadores em
        relação à segurança no trabalho nesses setores?
           Em geral, as queixas referem-se a trabalhar em
        ambientes sobre os quais não têm controle e que
        são demasiadamente desorganizados, como o
        emaranhado de fios nos postes e nos dutos. Como os
        cabos pertencem a diversas empresas, eles não têm
        ingerência sobre os cabos de outros.


        Quais as consequências dos acidentes de trabalho
        nestes setores tão primordiais para o país?
           Além de vidas e da saúde dos trabalhadores, que
        são as maiores preocupações, existe também o fator
        econômico. Um acidente de trabalho que gere um
        custo previdenciário, por afastamento do trabalhador
        ou mesmo por óbito, é pago por toda a sociedade,
        e não apenas pela empresa que descumpriu regras
        mínimas de segurança.                                  Trabalho nas alturas pode representar perigo


                                                                                               www.sinpait.org.br   05
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